2010-06-11
NATACHA PALMA
Um pescador do Furadouro, em Ovar, foi acusado de ter resistido à detenção por parte da PSP, numa operação de fiscalização, e de ter agredido três agentes, partindo um dedo a um deles. O indivíduo, porém, diz que a vítima foi ele e já apresentou queixa na GNR.
Armando Maganinho, de 47 anos, diz que tudo começou auando regressava de uma ida às compras, ao volante de um tractor. Mandado parar pela PSP, refere: "Saí do tractor e fui abordado por um agente que me pediu os documentos. Respondi que não os trazia comigo e então ele perguntou o meu nome, o dos meus pais, anotou a matrícula e disse que eu tinha entre 24 horas e oito dias para me apresentar na esquadra com os documentos". Refere, ainda o pescador, que outro agente apareceu e disse que era sempre a mesma coisa, que ele nunca trazia documentos.
"Estacionei cerca de 50 metros mais à frente, saí com as compras e de repente vi-me rodeado por cinco agentes que começaram a bater-me". Armando Maganinho acusa a PSP de o ter agredido a murros e pontapés e com cassetetes. "Fiquei quase inanimado", acusa. Foi levado para a esquadra e dali para o Hospital da Feira, com uma costela partida. No dia seguinte apresentou queixa na GNR de Ovar.
Rui Matos, chefe da área de Operações do Comando da PSP de Aveiro, negou, ao JN, a acusação de ter havido agressões gratuitas. "O senhor em causa não parou o veículo quando lhe foi ordenado e injuriou os agentes quando o fez. Um deles abordou-o para que lhe entregasse os documentos e ele partiu-lhe um dedo de uma mão. Teve de ser imobilizado com recurso à força", concluiu Rui Matos.
Fonte: jn.sapo.pt
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